Será que inspiração é mesmo uma coisa divina, um dom?
E se eu não acreditar nessa entidade divina, seria um gênio da lâmpada, uma força da natureza?
Longe de mim tirar o mérito daqueles que nascem com um talento, predestinados a uma coisa que fazem com tanto capricho e aparente facilidade. Mas não foi um cara desses, Tiger Woods pra ser mais exata, que falou uma vez “quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”? O próprio Ayrton Senna era um cara obcecado por treino e fascinado por mecânica.
Pois bem, acredito que a maioria de nós não se encaixa na categoria “prodígio” e não dá pra ficar olhando pra cima esperando que um raio inspirador caia na cabeça. Essa coisa de sentar e ficar olhando a folha em branco? É a maior balela que eu já ouvi!
Por isso, mesmo para os predestinados, está mais do que claro que inspiração é sim transpiração. É treino, é estudo, é questionamento, é muita tentativa e erro pra chegar ao acerto.
Não ache nunca que te falta talento ou dom.
Você só pode se sentir inspirado pelas coisas que vive, que vê, que ouve, que sente. O nada só pode inspirar o nada.
O que não pode faltar mesmo é esforço. Mas esforço no sentido de buscar fontes de inspiração.
Rodeie-se de pessoas, livros, filmes, músicas, qualquer coisa que estimule aquilo que você está buscando.
E se você não tiver clareza do que busca, faça coisas que você gosta e se exponha a novas sensações.
Eu te garanto que um lampejo de inspiração vai surgir, inevitavelmente.
Inspiração vem da alegria, mas principalmente da dor, porque é quando estamos mais sensíveis. Vem daquilo que nos surpreende e nos arrebata, vem do gozo, do medo, da dúvida… Vem de tudo que está a nossa volta.
Tudo que precisamos fazer é prestar mais atenção.
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