Ontem parei pra fazer uma análise do meu trabalho e de como ele está em sintonia com o que eu considero "lazer"...
Atualmente estou lendo quatro livros, acompanhando quatro séries de TV, vendo um filme por semana, lendo um roteiro por dia e analisando uma porrada de material que não consigo nem quantificar.
Enquanto preparo uns posts mais elaborados sobre as coisas que ando assistindo, queria fazer uma observação sobre como essa rotina me tornou mais cética sobre tudo que tenho lido ou visto.
No trabalho, tento me distanciar ao máximo do material analisado, mas começo a acreditar que um pouco de emoção sempre ajuda a fazer uma avaliação mais profunda. Digo isso porque quando consigo me conectar com o material de alguma forma, o processo é sempre mais fluido, me entrego, me deixo levar e acabo tendo muito mais comentários a fazer.
O problema é quando o material não é bom(na minha opinião) ou quando há o menor sinal de ruído... É como se no meio do doce, viesse um gosto amargo. Como consequência, fico espremendo o cérebro, suando pra ter o que comentar, caçando as palavras certas pra não virar uma cri-crítica carrasca sem amor no coração.
Meu atual critério é tentar, como eu costumo dizer, "alcançar a poesia" do autor. Um olhar totalmente questionador. Enquanto leio ou assisto algo, tento entender o que o autor quis dizer com isso ou aquilo, que tipo de material é aquele, de onde vem, faço pesquisa das referências, mergulho naquele universo e observo quais sensações/emoções ele evoca em mim. Vale também ficar de olho e anotar as reações espontâneas que surgem no processo - elas me parecem as mais genuínas e certeiras. E quando você chega a conclusão de que não tem mesmo nada a dizer, deve ser porque não entendeu NADA ou o material não tinha mesmo NADA a dizer.
Sei que vai ter aquele que vai criticar, dizer que isso não é jeito de avaliar as coisas, blá, blá, blá...
Bem, esse é o meu jeito. E tem funcionado até aqui. Se isso mudar um dia, te aviso!
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Cidade de Deus e a paixão fulminate
Peço desculpas pela demora em aparecer aqui, mas as novas atribuições no trabalho estão custando mais fosfato e tempo do que eu imaginava. De todo jeito, é positivo, então, aceitem! kkk
Bom, continuando as apresentações, difícil não contar outro momento importantíssimo, marco da minha vida, que definitivamente me levou para o Cinema (em todos os sentidos).
O ano é 2002. Tardiamente eu estava naquele momento "Que faculdade fazer" da vida. Cursinho, primeiro emprego pra ter aquele dinheirinho próprio, solteirices mil.
A vontade de escrever ainda era uma constante, mas eu realmente estava na dúvida de "pra onde" canalizar essa energia.
Determinada a prestar vestibular em pelo menos quatro instituições, antes de mais nada, eu precisava decidir qual curso fazer.
Todos os conselhos me levavam para o Jornalismo, o que me parecia coerente, mas nada excitante.
Eis que num certo dia de setembro, descobri que o Cinemark exibiria filmes brasileiros por duas notinhas de reais.
Eu queria muito ver "Cidade de Deus" porque tinha assistido uma matéria interessante sobre o trabalho com não-atores.
Aquele filme me causaria um misto de sentimentos, de esperança e euforia, que mudaria para sempre a minha vida. Era um novo cinema brasileiro que eu acabara de descobrir e me apaixonar perdidamente. E tive a certeza de que era aquilo que eu queria fazer.
O resto é história, mas só preciso dizer que acabei no curso de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero, onde um professor de Cinema e uma professora de roteiro - e também roteirista - permitiram que eu continuasse trilhando esse caminho.
Dia desses, ouvi de um alguém que pouco me conhece que meus olhos brilham com uma verdade inevitável quando falo do desejo de ser roteirista.
Sei que a estrada é longa e que estou apenas nos primeiros quilômetros percorridos. Mas quando se busca algo com tanta verdade, não existem obstáculos, a viagem é deliciosa e a chegada... Bem, a chegada eu conto quando estiver lá!
Bom, continuando as apresentações, difícil não contar outro momento importantíssimo, marco da minha vida, que definitivamente me levou para o Cinema (em todos os sentidos).
O ano é 2002. Tardiamente eu estava naquele momento "Que faculdade fazer" da vida. Cursinho, primeiro emprego pra ter aquele dinheirinho próprio, solteirices mil.
A vontade de escrever ainda era uma constante, mas eu realmente estava na dúvida de "pra onde" canalizar essa energia.
Determinada a prestar vestibular em pelo menos quatro instituições, antes de mais nada, eu precisava decidir qual curso fazer.
Todos os conselhos me levavam para o Jornalismo, o que me parecia coerente, mas nada excitante.
Eis que num certo dia de setembro, descobri que o Cinemark exibiria filmes brasileiros por duas notinhas de reais.
Eu queria muito ver "Cidade de Deus" porque tinha assistido uma matéria interessante sobre o trabalho com não-atores.
Aquele filme me causaria um misto de sentimentos, de esperança e euforia, que mudaria para sempre a minha vida. Era um novo cinema brasileiro que eu acabara de descobrir e me apaixonar perdidamente. E tive a certeza de que era aquilo que eu queria fazer.
O resto é história, mas só preciso dizer que acabei no curso de Rádio e TV da Faculdade Cásper Líbero, onde um professor de Cinema e uma professora de roteiro - e também roteirista - permitiram que eu continuasse trilhando esse caminho.
Dia desses, ouvi de um alguém que pouco me conhece que meus olhos brilham com uma verdade inevitável quando falo do desejo de ser roteirista.
Sei que a estrada é longa e que estou apenas nos primeiros quilômetros percorridos. Mas quando se busca algo com tanta verdade, não existem obstáculos, a viagem é deliciosa e a chegada... Bem, a chegada eu conto quando estiver lá!
Assinar:
Postagens (Atom)