sábado, 7 de maio de 2011

Mães



Hoje é dia das mães e sábado eu fui visitar minha vovó de oitenta e lá vai fumaça de anos. Uma graça. Saúde de ferro, embora a cabeça já não esteja lá essas coisas. Quando cheguei, ela comentou: "Todas as minhas meninas..." Lá estavam eu, minha mãe, minha tia, uma prima dela de sessenta e poucos anos. Muitas mulheres. Muitas gerações e anseios diferentes. E é inevitável olhar as mais velhas e não pensar que elas são você amanhã. Com tudo de bom e de ruim que isso pode significar, pois elas são o exemplo e modelo do que você quer e não quer pra você. E mesmo com tantas diferenças, você conta com elas, você as escuta e as ama. E é isso. Acho que neste dia das mães em que a grana não vai dar para cumprir o protocolo capitalista, amar e respeitar as diferenças é o único presente que posso oferecer. O melhor. O mais importante. Ai, ai... A convivência é uma coisinha complicada, quer dizer, a gente faz ser. Porque para uma senhorinha de oito décadas, uma visita de meia hora foi a coisa mais maravilhosa do mundo.

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